13 setembro 2006

Continuação

Pediu-me para não ir embora. Para ficar. Senti que estava a ser verdadeiro e resolvi saber o porque daquilo tudo.

Contou-me então uma relação anterior que tivera com alguém publicamente famoso e que durara ano e meio. Alguém por quem fora loucamente apaixonado, mas com quem sofreu muito. Fiquei a saber que esse outro o forçara a fazer coisas que não gostava (sexuais), assim como o agredira fisicamente várias vezes, entre outros episódios que não são mais relevantes que estes. Até aqui eu entendia isso, mas o que tinha eu a ver com tudo aquilo?

Quem diária!!! Eu era supostamente parecido com aquela pessoa (que por sinal é fisicamente interessante;)). Segundo ele eu era parecido na forma como conversava, como o mimava, como ajeitava os óculos na cara, inclusive na forma como eu fazia sexo.

Aqui eu entendera muitas coisas que já tinham acontecido, mesmo a diminuição do desejo sexual por mim. Foram horas de diálogo em que reflectimos como eu não seria igual ao outro. Que nunca o iria maltratar, nem agredir fisicamente.

Como poderia ser eu igual ao outro, se o outro é mais novo que eu. Quanto muito ele ser igual a mim. Mas nem isso, pois eu sou único!

Após muitas horas de conversa, resolvemos deitar-nos e descansar. Claro que não fui embora.

As semanas seguintes foram psicologicamente agitadas, pois aquilo estava muito presente nas nossas vidas. Na minha então… cada passo, comportamento, atitude, gesto que fazia era susceptível de ser comparado com o outro. A pressão que sentia era imensa.

Lembro momentos de cansaço e exaustão para pensar em tudo antes de agir. Mas o tempo foi, gradualmente tratando de lhe mostrar que afinal eu não era ssim tão parecido com o outro.

1 Comments:

Blogger Marlene said...

oh pa! Param sempre na melhor parte...

11:52 da tarde  

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