29 agosto 2006

Aquela noite foi de facto maravilhosa.

A partir do dia seguinte entrei naquela fase de apaixonado. Troca de mensagens o dia todo entre ambos e ansiosamente aguardando pela noite para nos encontrarmos.

Mas ele tinha uma vida com uma rotina imposta por uma sociedade pequena e o café com os amigos era, de todo, recusável naquela altura. Além de difícil de desmarcar, pois rapidamente iriam surgir as perguntas habituais. Então? Onde te meteste? Porque deixaste de aparecer?...

Além de que havia a namorada com quem tinha de picar o ponto.

A melhor solução encontrada era então tomar café com os amigos, estar com a outra e depois de a levar a casa, vinha ter comigo. E desfrutávamos de umas horitas juntos. Mas sempre no carro.

Até que finalmente chegou o dia em que senti um enorme desejo de o levar a casa e surge o convite para jantar.

Foi um dia em cheio para mim. Limpeza da casa. Preparação de uma ementa com algum requinte, com entrada, prato principal e sobremesa, tudo regado com um bom vinho. Mesa lindamente decorada na sala de jantar, com velas e luz ambiente, assim como lareira acesa. A noite estava perfeita e tudo prometia.

Chegou atrasado, como era hábito, mas não importava. Era uma noite que prometia.

Tudo estava perfeito e tocou fundo nele: “nunca tinha feito o jantar para mim”.

Jantamos, tomamos o vinho e fomos para o sofá. E como devem calcular, a noite foi perfeita. Foi a primeira noite de amor que tivemos. Naquele sofá-cama aberto, que hoje não é mais nosso, em frente à lareira, com a música a acompanhar os movimentos. Fizemos amor intensamente.

Tinham passado cerca de quatro semanas após o nosso primeiro encontro.

As semanas seguintes foram sempre bonitas. A descoberta do sexo entre os dois foi uma constante.

Era um homem quente. Repleto de desejo. Tinha uma boca… uns lábios… um corpo… um rabo… que se mantêm desejosos e apetitosos como no primeiro dia.

É nesta altura que começam a surgir os primeiros “senão”. Ele continuava a tomar o café com o seu grupo de pares. Até aqui tudo bem. Mas marcava 23h em casa e chegava pelas 23h45, quando não mais.

Fiz a primeira descoberta que iria mexer comigo: “não controla o tempo”. Logo eu que tenho uma pontualidade mais que britânica. Se marcam comigo às 21h, estava certamente 10 a 15 minutos antes.

Mas até ali, não fazia mal, pois tudo era aceite. O que acontecia a seguir justificava os atrasos.

E eis que surge em Dezembro o nosso primeiro fim-de-semana juntos.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

passei por aki, gostei e por isso linkei o teu blog...
continua

5:53 da tarde  

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