02 setembro 2006

Fim de semana: o primeiro de muitos

E foi em Lisboa.
Sexta feira. Depois do trabalho, saímos de carro e malas feitas. Hotel Ibis, numa transversal da Av da Liberdado. Recepção para check in: "por favor, queremos um quarto com cama de casal e o mais alto possível". Ele ficou vermelho, azul, em fim, acho qua as cores da nossa bandeira passaram por ele naquele momento.
E, já no elevador, perguntava-me: "o que é que o rapaz vai pensar?
"Que somos namorados. Não é o que somos? não o conhecemos nem ele a nós. Pouco nos interessa o que ele pensa. Se ele pagasse o quarto... Mas como somos nós..."
Mas aquilo fez-lhe confusão. Para ele não havia necessidade de pedir aquilo. Poderiamos juntar as camas e resolviamos o problema. Mas se dão quartos a casais heterossexuais, porque raio não teremos o mesmo privilégio?
Fomos ao quarto. Tomamos banho e saímos para jantar.
Restaurante: Trivial no Principe Real. Comida fantásticamente bem cozinhada (penso ser bom crítico, pois adoro e sei cozinhar, ao que dizem).
Fomos tomar algo ao Bairro Alto. Bar Portas Largas. Com aquela multidão que permanece e passa pelas portas. De tudo um pouco... Bebemos e demos espaço para ele observar.
Era a primeira vez na vida que ele estava na noite gay. Embora a sua "escola" não fosse pequena, mas o mundo e a noite era.
Fomos depois ao antiquíssimo frágil, só para ver. E terminamos a noite no famoso Trumps.
Era a minha discoteca preferida. Sempre foi aquele local onde ia para me divertir, dançar e sem coisas estranhas.
E foi lindo de o ver. Parecia, como diz o ditado, um burro a olhar para um palácio. Aquilo era mesmo um mundo novo para ele. E para mim acabou por ser também. Pois eu nuca havia ido ao mundo gay com alguém por quem me tivesse apaixonado.
Mas o melhor/pior veio mais tarde.