21 fevereiro 2007

Voltando à nossa nova batalha

Resolvemos então comprar a nossa casinha, que ficava perto de ambos locais de trabalho.

Era um T2 muito bonito. Novo em folha. Acabamentos de topo. Localização privilegiada. Equipado com electrodomésticos e aquecimento central. Preço muito bom. Estávamos felizes, pois tínhamos encontrado aquilo que queríamos. Foi amor à primeira vista.

É impressionante como descobrimos que aqueles que se dizem nossos melhores amigos são os que mais nos invejam. Aquele nosso “amigo” que fora de ferias conosco uma vez, foi o primeiro a ser convidado a ver a casa que seria o nosso ninho. “Que horror… que cores… e estas portas… as divisões são tão pequenas… a cozinha é minúscula… e as sancas…” Ou seja, comprar esta casa seria um erro desastroso. Penso que foi neste momento que constatei de facto que os ciúmes e a inveja da nossa vida eram reais, grande e cada vez mais visível. Não se ficou por ali. Mas serão outros episódios.

Voltando, tínhamos um senão: não tínhamos avalistas. Sabíamos que seria difícil fazer um empréstimo sem esta condição. Começamos então a caça às entidades bancárias para ver qual estaria interessada em ter o privilégio de nos ter como clientes.

Encontramos uma que nos proporcionou as condições que queríamos. Agora era só esperar as datas certas. Mas como eu não sou muito de esperar, obviamente que rápido encetei as tarefas necessárias para obter autorização do construtor para mudar.

Foi uma semana de correria. Entre trabalho, encontros e choradinhos ao construtor, pedidos de água, gás e electricidade, no fim de uma semana tínhamos tudo pronto para mudar. E assim foi, dia 1 de Novembro mudamos, felizes por conquistar o nosso segundo objectivo.

20 fevereiro 2007

Caraíbas II

No dia seguinte, bem cedo, uma ambulância esperava por mim para me levar a uma clínica particular para fazer o RX.

Não falarei mal da saúde em Portugal tão cedo. Estive três horas À espera numa clínica velha, a cair aos pedaços, do terceiro mundo, à espera para realizar a dita. Só depois deste tempo foi efectuada. Tudo porque? Porque os senhores “barbadenses” não aceitam euros. Apenas dólares. Foi a única ilha onde tal havia acontecido. Em todas as outras aceitam os nossos euros e devolvem o troco em dólares.

Mas o exame confirmou o que o médico a bordo suspeitara. Eu tinha uma fractura da vértebra D12. a partir dali o resto da minha maravilhosa e tão desejada viagem foi passada de cama, no camarote.

O meu amor passou a desesperar por mim, pelas minhas dores e pelo sacrifício de ter de passar mais cinco dias sem sair quase do camarote, do navio e sem fazer excursões. Nem amor podíamos fazer, pois as minhas dores eram tantas.

Regressamos no sábado seguinte. Por sorte viajei em primeira classe devido ao atestado passado pela médica da clínica que informava ser inconveniente viajar sentado, mas teria de fazê-lo deitado.

Não houve lugar para o meu amor. Viajamos separados. Após oito horas de avião, esperavam-nos ainda mais quatro de carro até chegar a casa.

Foi a pior viagem de carro efectuada em toda a minha vida.

Aqui estou agora. Deitado por mais quatro semanas. Sem poder sair da cama. E com as malditas dores que não me deixam.

19 fevereiro 2007

Aniversário II... Caraíbas!


Mas os enjoos não eram o pior. Os dois primeiros dias reduziram-se a enjoos e visitas a duas ilhas. Curaçao, com chuva e Margarita com bonito sol e praia.

No terceiro dia chegamos bem cedo às granadinas. Mayreau era o novo destino e fizemos a nossa primeira escursão: catamaran. Mas não correu muito bem. Ao chegarmos à pequena ilha de Mopion tive um acidente. Cai devido à ondulação da embarcação e bati literalmente com o rabo no chão, enquanto a malvada subia em direcção ao meu rabo.

Nunca havia sentido tanta dor, numa só parte do corpo e num período de tempo tão rápido. Senti um estalo na minha coluna e não mais consegui mexer as pernas. As lágrimas brotavam energicamente ao mesmo tempo que os meus pensamentos voavam em direcção às minhas pernas, comandando-lhes que se mexessem.

Mas elas não obedeciam. As dores eram insuportáveis. O meu amor estava a meu lado. Um medico brasileiro que se encontrava a bordo, veio em meu socorro, fazendo um breve e pequeno exame para perceber a gravidade da situação, mas sem mecanismos próprios para isso, tornou-se difícil.

A guia, impecavelmente atenta a tudo e dedicada, quis rapidamente voltar para trás, mas eu recusei, devido às dores que sentia. Felizmente, minutos depois recuperei a sensibilidade nas pernas e não perdi a capacidade de decisão e consciência. Ali me mantive deitado por algum tempo, com gelo na coluna, até regressarmos ao maravilhoso navio.

Fui desembarcado em maca pelo médico e enfermeiro no navio, ajudados por alguns tripulantes e encaminhado para o hospital do navio.

Uma vez observado, o médico percebeu que algo errado se tinha passado na coluna, mas sem RX, seria difícil diagnosticar. Recebi uma injecção para aliviar as dores e no dia seguinte, em Barbados seria levado a uma clínica particular para realizar o RX e saber oo que acontecera na minha coluna.

18 fevereiro 2007

Aniversário I

Este ano comemorei o meu aniversário, como sempre, a dois de Fevereiro. Por vezes gostaria de o comemorar noutra data, mas foi definido assim… Mas voltemos ao importante. O meu amor resolveu oferecer-me um presente de sonho: um cruzeiro às Caraíbas.

Há vários anos que sonhava com esta viagem. Mas ele não fez a coisa por menos. Presenteou-me com um cruzeiro de luxo, com camarote superior, com varanda e tudo o que tinha direito.

No dia três partimos em direcção a Aruba para embarcar nas minhas férias de sonho: oito dias a bordo daquele que viria a ser o portador dos piores dias da minha vida.

Inicialmente, tudo foi maravilhoso. O navio é lindo, luxuoso, clássico, bem decorado, cheio de requinte. O atendimento e tratamento da tripulação é 5 estrelas superior. Nada a apontar. Mas (há sempre um mas) após algumas horas de exploração das maravilhas a bordo, zarpamos por volta das 21h. E, meia hora depois, começou o meu pequeno inferno: os enjoos.

Sempre imaginei que quem iria enjoar seria o meu amor (pois até comprimidos para isso lhe comprei), mas afinal fui eu atingido pelo maldito enjoo. No primeiro, segundo e seguintes dias.

Posso informar que, segundo uma amiga e após lhe ter descrito os sintomas, são enjoos precisamente iguais aos de uma mulher grávida, com excepção do parto. Nunca quis estar grávido (eheheh) e agora muito menos.

É tão mau que impede que saboreemos a boa comida servida a bordo, o desfrute dos bares e discoteca, enfim, obriga-nos mesmo a deitarmo-nos a resto da noite. Chegamos a descobrir que houve uma noite em que 90% dos passageiros estavam nos seus camarotes, enjoados.

16 fevereiro 2007

Azar!

Quero pedir perdão a todos os que têm vindo visitar este blog. Várias coisas aconteceram nos últimos tempo, mas infelizmente nem tudo correu bem. Tive um acidente que me levou à cama, onde ainda estou e ficarei nas próximas semanas.

Só agora começo a sentir forças para escrever e actualizar o blog, embora as dores ainda sejam muitas.

Tentarei fazê-lo todos os dias.